segunda-feira, 28 de março de 2016

Long Ago And Far Away

Já que não se pode, vamos ao que se pode...

Escolhas, sempre as escolhas. E - no meu caso, quase sempre - sem ajuda de nenhuma espécie, a não ser do que vem de dentro de mim, do que existe em mim. O que explica as escolhas que tomamos? Que substrato fundamental tem a palavra decisiva? Quanto de medo intercede na sentença da razão? São perguntas que insistem, martelam minha mente, embora nenhuma tenha o condão de apontar o melhor caminho. Somos nossas escolhas; ser é escolher... é escolher-se! Liberdade, ou prisão?

Não tenho amigos aqui. Eu sabia (ou imaginava) que não seria fácil para um “estrangeiro”, no amplo sentido da palavra, surgir, meio que do nada, e assumir controles. E mesmo que eu não seja o tipo de pessoa portadora de “verdades absolutas”, eu gosto de provocar reações, gosto de mudar, de descobrir talentos encobertos. Isso, em estruturas cristalizadas, costuma provocar instabilidades. Consequentemente, retaguardas. Eis o conceito-chave: esta é uma cidade de retaguardas!

Sem amigos e sem paciência para procurá-los (talvez pela certeza, ou quase certeza de não encontrar), restam minhas viagens ao interior de mim, além da entrega total ao meu trabalho. É minha escolha. Algo como um sabático do meu pessoal/emocional. Exercício exploratório da minha capacidade de me bastar. É a escolha certa? Aliás, existe isso de “escolha certa”?

PS: Pensamento que me surgiu - sei lá de onde (rs) - enquanto escrevia esse texto: será que temos, efetivamente, a faculdade plena de escolher entre esse ou aquele caminho? Estamos inteiramente livres para escolher entre fazer ou não fazer certas coisas? Complicou! Melhor deixar pra outro dia…